terça-feira, 1 de abril de 2008

Quem procura nem sempre acha


Eles já estavam com um mês de rolo, e ainda naquela indecisão: se namoravam ou só só estavam ficando. Nas festinhas regadas a vodka os beijinhos eram o limite.
Até que um dia, a mãe do rapaz viaja. E ele pensa: Oba! Tenho a casa livre. Hora de chamar a coelhinha pra toca. Mas, o nosso vilão tinha uma fraqueza: a timidez. E agora? Como chamar a gatinha sem assustá-la? Então nada como usar o velho e infalível truque do filminho em casa. Ela topa. Fácil! fácil!
Enquanto vai busca-la ele pensa: "Se ela vier de mini saia, ta no papo". No entanto, ela vem com uma saia longa e o deixa em dúvida quanto as intenções dela. Fazer o quê?
Ele, verdadeiro amante da sétima arte mostra a ela sua última aquisição, isto é, o romântico "Laranja Mecânica". Um clássico inovador e pouco indicado para a primeira vez. Mas... a película era mesmo só um pretexto.
Como um rapaz comportado e cinéfilo de carteirinha, não tirou os olhos do filme, enquanto a menina, uma assanhadinha, tentou inutilmente desviar sua atenção e interromper o filme provocando-o no sofá por várias vezes.
O filme acaba lá pelas 2h da manhã de plena quinta-feira. As coisas esquentam mais e ele a convida para tomar um puro-puro leite-leite em seu quarto. Nesse momento, após passar duas horas atiçando o nosso clown, a gatinha já estava doida pra praticar ultraviolência.
E as coisas acontecem como os dois queriam: ultra-ultra-gostosinhas. Mas vilão que é vilão não deixa rastro, não é? E ops! As camisinhas sumiram. Logo na hora de devolver a mocinha violada em casa. Oh, céus! E lá vai o pobre-pobre casal a procurar seu dejetos plásticos pelo quarto.
Depois de uma longa-longa busca, encontram uma espremida do lado da cama, mas ainda faltava a outra. A hora avança e a mocinha precisa voltar pra casa antes de seus avós saírem para caminhar.
No caminho de sua casa, a nossa mocinha faz com a voz triste uma pergunta inusitada: "Será que a camisinha ta dentro de mim?" Eh, seria um tanto constrangedor eles checarem isso já no portão da prédio dela. No mínimo, o porteiro ficaria chocado e espalharia para a vizinhaça.
Nosso clown volta pra sua casa e esbarra com um casal de velhinhos que costuma ser bem simpático com ele. E que sempre elogiava a juventude aventureira noite afora. Mas desta vez, a velhinha deu as costas com um ar abusado e o seu distinto marido olhando com cara feia diz: - "Menino, nunca esperei tão pouca vergonha de você". E sai resmungando algo do tipo "Tarado!". Ele sem entender, se olha no espelho do elevador e...
Encontra a maldita prova do crime ainda úmida colada no velcro de sua bermuda. Agrh!

História gentilmente cedida por nosso amigo Gabriel. Vai lá garanhão!

4 comentários:

Anônimo disse...

Pois é galera...até hj essa história me persegue...precisava escrever em algum lugar né...Existe algum melhor que esse blog ?? Ahh...e esses velhinos,coitados, nunca mais sairam pra caminhadas de madrugada depois dessa noite hahahahaha!! Ahhh...e se alguem se interessar, tenho outros clássicos de Kubrick em casa!!

Anônimo disse...

2001, Uma Odisseia no Espaço é o mais puro clima de paquera!!!

Grande Cruel... bela historia!

Gilles @ Bráz Ilha

Anônimo disse...

SIR.. I'VE GOT A PLAN!!

MEIN FUHRER!!!
...I CAN WALK!!!!!


weeee meet again
dont know when
dont know whhheeeeere...
but i know we meet again in sunny day...

Marina Feldhues disse...

acho só que o filme, pra ser mais romântico!!!, devia ter sido O iluminado, com jack nicholson, aquela cena que o cara sai correndo com um machado, faca, sei lá, atrás da mulher, kkkkk